Sintra
lindíssima vila no sopé da Serra do mesmo nome, as suas características únicas fizeram com que a UNESCO ao classificá-la como património mundial fosse obrigada a criar uma categoria específica para o efeito – a de “paisagem cultural” – que desta forma considera tanto a riqueza natural como o património construído na vila e na serra.
A Serra de vegetação luxuriante, está inserida no Parque Natural Sintra-Cascais.
Sintra foi desde tempos muito remotos o local escolhido para a fixação de diversos povos que passaram pela Península Ibérica e aqui deixaram marcas da sua presença, muitas das quais estão expostas no Museu Arqueológico de Odrinhas, nas redondezas.
No séc. XII, o 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, conquistou o Castelo dos Mouros e mais tarde os seus sucessores, sobre os restos de um palácio árabe, construíram aqui a sua residência de repouso, o Palácio da Vila. Aqui conservam-se ainda muitas reminiscências árabes, nomeadamente os azulejos, os pátios e as fontes. A sua fisionomia é no entanto marcada pelas duas enormes chaminés cónicas construídas na Idade Média, hoje o ex-libris da Sintra.
Sempre foi muito muito apreciada por reis e nobres, exaltada por escritores e poetas de que é exemplo incontornável Lord Byron que lhe chamou Eden glorioso. Sintra possui um rico acervo de chalets e quintas, alguns dos quais oferecem actualmente alojamento nas modalidades de Turismo Rural ou de Habitação.
Destaque também para os palácios como o da Pena, edificado na época do romantismo num dos picos da Serra e o de Monserrate, célebre pelos seus belíssimos jardins que possuem espécies exóticas únicas no país.
Uma especial referência merece a doçaria de Sintra, nomeadamente os travesseiros e as famosas queijadas que, segundo referências em documentos antigos, já se confeccionavam no séc. XII e faziam parte do rol de pagamentos de foros.
Nas redondezas, merecem referência especial o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente Europeu.
Cabo da Roca
Situado na latitude 38º 47´ Norte e na longitude 9º 30´ Oeste, o Cabo da Roca é uma coordenada importante para quem navega ao longo da costa, sendo o ponto mais ocidental do continente europeu continental, facto comprovado pelo certificado que os visitantes levam como recordação.
A cerca de 150 metros do mar, aqui pode-se ter uma vista abrangente sobre a Serra de Sintra e sobre a costa, que faz valer a pena a visita.
Registos históricos apontam para a existência de um forte no Cabo da Roca no séc. XVII que teve um papel importante na vigia da entrada de Lisboa, formando uma linha defensiva ao longo da costa, sobretudo durante as Guerras Peninsulares. Atualmente existem apenas vestígios, para além do farol que continua a ser um ponto importante para a navegação.
Está integrado no Parque Natural de Sintra-Cascais e é um dos motivos de interesse dos percursos pedestres que aqui se podem fazer ao longo da costa.
Cascais & Estoril
na costa a norte de Lisboa, tornaram-se um dos locais mais cosmopolitas e turísticos de Portugal, a partir do momento em que o rei D. Luís I escolheu a baía para sua residência de verão, no final do séc. XIX.
O clima ameno e uma média de 260 dias sem chuva por ano foi com certeza um motivo forte para esse facto e para as famílias mais abastadas da época seguirem a casa real e aí terem as suas vivendas e palacetes. Vale a pena fazer o passeio e sentir ainda hoje o ambiente desses tempos.
Para lá chegar, ir pela estrada marginal de Lisboa até Cascais ou de comboio é uma boa opção. É um percurso muito cénico, sempre acompanhando o rio Tejo e as concorridas praias da costa do Estoril. Ao longo do caminho, passamos por vários fortes que defendiam a capital, em fogo cruzado com o Forte do Bugio, bem no meio da foz, entre Santo Amaro, de um lado, e a Trafaria, na outra margem.