Guimarães
é considerada a cidade berço de Portugal porque aqui nasceu Afonso Henriques que viria a ser o primeiro rei de Portugal.
Associado à formação e identidade de Portugal, o centro histórico de Guimarães, na zona que ficava dentro de muralhas, foi classificado Património Mundial pela Unesco com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado. A cidade ainda hoje possui um conjunto patrimonial harmonioso e preservado que se mostra em graciosas varandas de ferro, balcões e alpendres de granito, casas senhoriais, arcos que ligam ruas estreitas, lajes do chão alisadas pelo tempo, torres e claustros. Por momentos imaginamo-nos num fantástico cenário medieval.
Braga
A construção da “Bracara Augusta”, sede jurídica romana, iniciou-se em 27 a. C. no Império de Augusto. Integrou então as vias do Império que atravessavam a Península Ibérica, comunicando com Roma, o que comprova a importância da cidade no território. Em 216, o Imperador Caracala elevou-a a capital da província da Galécia e, no mesmo século, a Diocese de Braga foi criada, sob jurisdição do Bispo Paterno.
Ao domínio romano sucedeu-se a ocupação da cidade pelos Suevos, que a elegeram capital política e intelectual, pelos Visigodos e pelos Muçulmanos, até que, em meados do séc. XI, foi reconquistada pelos cristãos e a arquidiocese restaurada pelo Bispo D. Pedro. Durante o período muçulmano, os bispos mudaram a sua residência para Lugo (Espanha). Em 1112, com o arcebispo D. Maurício Burbino, a história eclesiástica de Braga ganhou relevo. Depois da disputa com a Sé de Compostela, o Papa Inocêncio III autorizou em 1199 a jurisdição de Braga sobre o Porto, Coimbra e Viseu, assim como sobre cinco dioceses em Espanha.
A Sé de Braga, a mais antiga do país, foi a maior referência religiosa em Portugal ao longo dos séculos e o dito popular “mais velho do que a Sé de Braga”, para referir alguma coisa com muito tempo, é elucidativo do seu valor. Sempre marcada pela acção eclesiástica, que se reflectiu no enriquecimento da cidade, podemos dizer que o séc. XVI e o séc. XVIII foram as épocas de ouro da sua história e do seu desenvolvimento. Primeiro com a acção do arcebispo D. Diogo de Sousa, o reedificador de Braga, que a partir de 1505 assumiu o governo temporal e espiritual transformando “a aldeia numa cidade” (nas suas próprias palavras) e depois com as iniciativas dos arcebispos D. Rodrigo de Moura Teles e D. José de Bragança impondo o exuberante estilo barroco.
Esperamos por si!